A Boardriders na Ericeira foi mais uma vez palco de um arraial de destruição de Skate (sempre no bom sentido). A ONSK8 marcou presença para registar mais uma tarde de Skate que constará nos livros de história do Skate Português e nas nossas memórias. Pelas lentes do inimitável Tomás Fernandes e do Rookie-soon-to-be-one-of-the-promising-new-blood-skateboarding-photographers-of-today, as câmaras rolaram, os momentos foram registados e imortalizados e o tempo parou por momentos.

Organizado pelo incontornável e único, o Radical Skate Clube, que sem a Dulce e o Paulo o Skate jamais seria o mesmo em Portugal, com o apoio da DC, eis que a Ericeira foi mais uma vez o local escolhido para uma tarde de boa energia, sorrisos e abusos. Aqueles que normalmente não vemos nos típicos campeonatos de Skate sempre aparecem quando há Skate nesse tão badalado Skatepark. Não é para menos. Ali à Skate à séria e a vibe é real.

Os mais pequenos mostram que daqui a uns anos vão partir a loiça toda já com alguns aéreos e manobras mais técnicas e a usarem bem as actuais infraestruturas que outrora só existiam nos sonhos mais selvagens de muitos de nós.

A categoria under 14 e Open foi a forma da Jam estar organizada e haver justiça para todos os participantes, mas não subestimemos os mais pequenos: muitos deles já voam e bem e muitos saíram dali com prémios, mas para quem ali esteve a assistir, o prémio é mesmo o apoio do público a estes pequenos-que-serão-grandes com grandes salvas de palmas a puxarem pelo nível e pela vibe.

A prova foi dividida numa parte de Park e outra no Bowl onde, nesta última, quem deu show foi mesmo a categoria Open. Com alguma participação estrangeira também, os nomes habituais como Keanu Schwedt, Nimrod Toledo, Jean Lucca Silveira, João Ferraz e Marcelo Plácido fizeram a festa de manobras, sendo o Marcelo o merecido vencedor, mas ali taco a taco com Keanu cuja evolução, tecnicidade e altura das manobras e cuja entrada para a selecção nacional alemã de Skate, mostra que não só está com um nível cada vez mais elevado mas também a ser aposta de várias marcas do Skate nacional e internacional. Mas o apelo fica às marcas e aos Key Players do Skate: Não se esqueçam é que o Marcelo é, sem margem para dúvidas, o melhor Vert Skater de todos os tempos em Portugal. O arraial de manobras de todos os estilos e feitios, e a altura das mesmas não deixa ninguém indiferente. Que ninguém durma enquanto estás a Skatar Marcelo, é o meu desejo pessoal.

O Jean Lucca, sempre a 200 à hora a rippar sem dar hipótese, devia ganhar o ripper of the day, muita pica a partir o bowl e com acid drops de toda a maneira e feitio e com manobras originais e pouco vistas, só completou ainda mais o grupo e tornou a Skatada sólida como betão armado.
A evolução do João Ferraz fez-se sentir também, só tive pena de não ter visto e Flip Indy que esteve quase quase a sair do forno.

Destaque para duas presenças neste evento foi o João Viola que troca os olhos a tantos que o vêm a Skatar e o mister-style-himself com uma das Skatadas mais bonitas de se ver, o Alex Furtado (só queria mesmo era ter testemunhado ao vivo e a cores aquele backside noseblunt).

Parabéns também ao trabalho feito pelo painel de júris: Francisco Lopez AKA França, o Filipe Bandeira e o Manuel PGK Santos. Posto isto, só faltaste lá tu que em vez de estares a fazer outra coisa qualquer e tinhas-nos feito companhia e a cerca de 200 pessoas que assistiram a uma óptima tarde de Skateboarding. Mas redime-te e junta-te à próxima festa que é já dia 10 de Junho e promete!

Até lá, sejam bons uns para os outros.

Photos by João Bento / @desphocus

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