Uma SLS fora do comum a abrir as ostes de 2023 daquela que é, para muitos, a competição mais “séria” do planeta e que conta quase com duas décadas de existência. Nascida das mãos do titã Rob Dyrdek, a SLS é umas das provas em que os Skaters mais se preparam para dar tudo. Este ano, com um formato ligeiramente diferente e com algumas baixas de última hora como Vincent Milou e Luan Oliveira e 5 heats para defrontarem Gustavo Ribeiro que estava na final por ter sido o vencedor da Super Crown no ano passado e actual campeão do mundo, a expectativa era grande. Para além disto, a transmissão ia ser pela app Rumble e não pelo Youtube. Muitas alterações.
Depois dos consagrados 5 vencedores que iam defrontar Gustavo, começou o carnaval. Muitas pontuações desadequadas e alguns azares para alguns dos Skaters como o nosso português que parte a sua tábua e cuja performance foi depois afectada não só por esse factor mas por uma pequena lesão nos treinos que não o deixou a 100%. Bonito foi ver Torey Pudwill e Aurelien Giraud a montarem novo deck para o nosso campeão, mas já não ia a tempo, tendo sido, por este azar, empurrado para a 6ª posição e aí se manteria até ao final desta etapa. Mas nada de baixar os braços: Gustavo contou com a presença e apoio do seu irmão Gabriel e o amigo Bruno Senra AKA “BP” que estavam presentes in loco, e continua a defender o seu título na próxima etapa em Tóquio a 12 de Agosto.
Antes de darmos destaque ao justo vencedor, temos de mencionar o mérito daquele que é o Skater mais underrated do planeta, Ryan Decenzo, que, esteve até à última manobra do campeonato a uma unha negra de ficar em 1º lugar naquela que seria a sua primeira vitória de sempre na SLS. Mas o justo vencedor, Kelvin Hoefler, desta vez, não pestanejou e não teve uma única falha, mesmo com toques de alto nível. O toque vencedor, um caballerial backside tailslide num hubba bem comprido da Big Section, não deixava margem para dúvidas, o troféu era seu, empurrando o canadiano Decenzo para a segunda posição.
Em 3º lugar ficou para o homem que mais troféus ganhou na SLS, o temido Nyjah Huston que apesar de vir recentemente de uma lesão bastante complicada, parece continuar a estar naquele nível galáctico.
Um regalo para os olhos foi rever Ryan Sheckler de volta à SLS e a dupla P-Rod e Torey Pudwill ainda presentes em competições enquanto líderes e figuras incontornáveis do Skate internacional.
No feminino, foi a habitual esmagadora Rayssa Leal que arrecada mais uma vitória sem margem para dúvidas. A 2ª posição pertence à Japonesa Nishiya Momiji com uma Skatada incrível e a 3ª posição foi para a Europa para a Holandesa Roos Zwetsloot que, quem a viu a andar ao vivo, sabe bem do nível que estamos a falar.
Quanto ao Rumble, parece que as coisas não correram bem e os Skaters fizeram-se ouvir em comentários bastante negativos quanto à nova plataforma de streaming da SLS, com muitos delays nas imagens, paragens e outros pormenores que fizeram desta estreia uma experiência negativa para o público. Há muito para melhorar ou regressar, quem sabe, um passo atrás, para o Youtube.
Em Agosto há mais. No Japão, a Terra do Sol Nascente.
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