Ainda sabe melhor ver uma Videopart quando conheces de perto as pessoas que nela participam. Muitas pessoas dizem que é a parte do Nyjah, do Ishod, do Allen, do Gustavo ou do Jorginho. Não. É uma Videopart e que conta com mais pessoas, assim como um filme não é só o Brad Pitt ou o DiCaprio, uma Videpart é mesmo um trabalho de equipa em que quem brilha é o Skater mas quem o faz brilhar ainda mais é o filmer e os fotógrafos.

Talvez nos devamos lembrar disto mais vezes quando assistirmos à última edição de qualquer Skater. Em “The Life We Chose”, o Matheus Santos brilhou com a sua aura de boa disposição e com um Skate incrível e, garantidamente, fácil para ele, mas neste caso, estava lá o pilar do brilho, o Tomás Fernandes que tantos Skaters já filmou com mestria e amor. E esta parte cheia de abusos de Curb de dizer “eishhhh, naaaaa” ou “que monstro…” com o Matheus a destruir alguns spots tão familiares para nós Skaters, foi feita sem nenhum apoio, sem marcas, sem logos, sem dinheiro. Apenas por Amor.

Só amor. Só Skate no seu puro estado, amor completo. Caso para se dizer, uma bonita história de amor contada pelas lentes do @videotomas e cujo feeling, afinal, ainda existe no Skate. Sem qualquer retorno financeiro, tudo a sair do bolso dos envolvidos, 2022 fica mais completo depois disto. Caso para se dizer paralelamente “andam a dormir”. E andam mesmo.

Escrevo de forma tendenciosa aqui, confesso. Eu sei o que esteve aqui envolvido, a dedicação, o sangue, suor e lágrimas, as tardes de Skate, o tempo dedicado a isto. E as pessoas envolvidas, principalmente. Principalmente as pessoas. Com uma edição que mostra só boa energia, com um som mesmo na “mouche”, toques de mestre, planos de uma Lisboa sempre linda e quase 3 minutos de Love por isto a que chamamos Skate, Senhoras e Senhores, encostem-se, esta dupla de Skater e Filmer é o que todos procuramos e raramente encontramos. Como em todas as Videoparts, quero acreditar que esta conexão, este tipo de dupla, não é apenas uma excepção.

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