Podemos comsiderar que o João Neto é um dos filhos pródigos da 2ª geração de skaters da cidade do Porto, e já são quase duas décadas em cima do skate.

Este skater é caracterizado fortemente por ser muito tecnico, e por um pop poderoso. Hoje em dia, dá o seu melhor para passar às gerações mais novas tudo o que sabe através da Kate Skate School, e é desta forma que o Neto junta o útil ao agradável e se mantém junto aquilo que mais gosta.

Esta é a segunda entrevista para a ONSK8, e entre os 7 anos que separam ambas, certamemnte muito mudou, e é por isso que é um enorme prazer voltarmos à conversa.

Element, New Balance, Kate skateshop, Whitetrash, Titties skate wax e Escola Eduardo Cirilo Metodo DeRose

Hoje acreditamos que pelo menos temos um novo seguidor na ONSK8 e acreditamos que ainda vale a pena te apresentar ao mundo, por isso dá-lhe Neto!

Chamo-me João Neto, tenho 29 anos e sou do Porto



Porque é que andas de skate? Como justificas isso? Foi por causa do alinhamento dos astros com o teu ascendente, ou existe outra razão?

Quando tinha 10/11/12 anos achava o skate espetacular, via aquilo como uma cena mesmo radical e diferente. Não era qualquer um que andava de skate. Achava que se andasse de skate ia ser o maior do mundo ahah (não fazia ideia o que era realmente andar de skate, simplesmente olhava para pessoas que tinham o skate e achava aquilo mesmo fixe). No meu 7º ano da escola, uns amigos levaram os seus skates e foi nessa altura que eu decidi que também queria um, e desde então nunca mais parei.



Já é certamente mais de uma década e meia a andar de skate, como foi crescer e andar de skate no Porto.

Já são 17 anos a andar de skate, neste momento mais de metade da minha vida foi em cima de um skate. A pessoa que sou, foi muito moldada por todo este estilo de vida que o skate trás consigo, desde a roupa, a musica que ouço, e até mesmo a minha personalidade. Crescer no Porto a andar de skate teve coisas boas e coisas más. Boas porque tive muita sorte com as pessoas que conheci durante estes anos, amigos que fiz para a vida. Apesar de nunca ter existido um skate parque no Porto não nos podemos queixar da falta de spots na cidade. Sim, ter um skate parque pode trazer coisas muito boas, mas ao mesmo tempo se não tiveres força de vontade de ir para a rua streetar ficas mole e acomodado, o que faz com que não consigas tirar o verdadeiro proveito do que é andar de skate. Andar pela cidade a descobrir umas escadas, um curb (um banco), um corrimão é uma cena espetacular, para além de que te dá uma experiencia de vida muito mais enriquecedora do que estar “fechado” num parque.
No entanto na altura que comecei, em 2000, a internet ainda estava a dar os primeiros passos, havia pouca informação mas sobretudo os apoios das marcas e da industria estava toda focada em Lisboa. Tive sorte de ter consigo um apoio de uma skateshop, mas patrocinados no Porto havia o Gaia e mais ninguém. Não havia ninguém a filmar, nem a fotografar. Não se esqueçam que nesta altura ainda não havia telemóveis que filmavam nem redes sociais, toda a informação que existia sobre skate ou era em revistas ou em vídeos que saiam uma vez por ano. Na altura senti muito que em Lisboa havia mais oportunidades, mas em nenhum momento isso fez com que quisesse andar menos de skate na minha cidade. 

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O que achas que tem vindo a mudar tanto no skate da actualidade?

O skate tem vindo a mudar e muito. Principalmente a nível técnico, hoje em dias vemos skaters a dar corrimões em mais de 20 escadas, gaps gigantes, flip in e flip outs como se nada fosse, pop’s de uma altura absurda. Todos os dias temos vídeo parts novas, ou manobras nunca antes vistas, estamos num nível absurdo. Com tanto espetáculo é normal que marcas grandes como a New Balance, a Nike, a Adidas vejam este mercado com um potencial de venda enorme. Isso fez com que marcas mais pequenas não conseguissem sobreviver. Fez com que o mercado perdesse um bocado da sua identidade, mas ao mesmo tempo veio trazer oportunidades de qualidade de vida nunca antes pensadas. Hoje em dia a concorrência entre skaters é muito maior, ser skater profissional não é para qualquer um, mas uma vez que consigas entrar nesse patamar és capaz de vir a ter condições que te permitem viver do skate muito mais tempo.
O skate hoje está a deixar de ser visto como um ato marginal e está a passar a ser visto como um desporto radical.

Hardflip



 

Hoje em dia olhamos para a tua cidade, e vemos que o pessoal tem um hype enorme e uma grande atitude perante o seu lifestyle. No norte vemos várias comunidades de skaters e com muita actividade e iniciativa, vê se que o pessoal sente bastante o que faz, sempre foi assim?

O facto de nunca ter havido um skate parque e os apoios no início irem todos para Lisboa, deixou aqui o norte um bocado renegado, ahah, e acho que isso fez com que nos uníssemos mais. Principalmente quando o Gaia decidiu abrir a Kate, em 2006, sendo ele o skater mais reconhecido do Porto, todos os skaters gostavam de se juntar ali. A Kate organizou eventos, fez um team, ajudou a divulgar esses skaters com vídeos regulares da loja, construiu spots… Durante muito tempo “trabalhávamos” todos no mesmo sentido. Daí a Kate ter sido 3 anos consecutivos eleita a melhor skateshop do país. Sempre que íamos a algum lugar, ou alguém vinha ao Porto tentávamos fazer a festa e receber as pessoas da melhor maneira, pois queríamos mostrar que as coisas no Porto eram igualmente boas ou até melhor que em Lisboa.
Neste momento sinto que as coisas estão mais dispersas, estamos mais velhos e muitos já trabalham o que faz com que não tenham tanto tempo para o skate. Neste momento e já há algum tempo, em Portugal, o skate está a passar por uma fase difícil onde há poucas pessoas a andar de skate e principalmente com pouca vontade de querer fazer mais coisas para além de ir para o skateparque ou spot local. No entanto acho que esta fase está a terminar e agora com a escola de skate tenho visto muito potencial. Por isso acredito que está para vir uma nova geração e nós estamos aqui para os receber e tentar encaminhar da melhor maneira para que possam fazer um “trabalho” ainda melhor que o nosso.



Desculpa estarmos a manter esta entrevista muito tempo debaixo do mesmo tema, mas existem muitas diferenças no skate entre Lisboa e o resto do país? Sabemos que podes falar melhor sobre o Porto, mas se conseguires falar um pouco a nivel nacional era fixe.

Como já disse antes, quando comecei notava realmente uma grande diferença, tanto a nível técnico como na parte dos apoios entre Lisboa e o resto das cidades em Portugal. Neste momento com a internet e as redes sociais a informação chega a todo o lado e vemos bons skaters por todo o país. Também temos muitos grupos a puxar pelo skate, como por exemplo: em Braga, o grupo da Skills está muito forte; Aveiro e Coimbra já estiveram melhor, acredito que é por falta de skateshops e de organização, porque eu sei que, principalmente em Aveiro, há muito bons skaters como o Renato, o Kiko e outros; Em Leiria com a Tribos Urbanas também existe ali um núcleo forte; Neste momento, no centro de Lisboa não existe nenhuma skateshop e sinto que ali o skate está um bocado disperso. No entanto existe uma team espetacular que é a Ementa e que só pode ou devia motivar os outros skaters de Lisboa a tentar fazer coisas parecidas. Não posso deixar de dar os parabéns à Pop pelo grande trabalho que têm feito, a dinamização e a permanente organização de eventos tem ajudado a promover todos os skaters daquele zona. O Bana que também nunca deixou de ajudar os skaters dessa zona; Almada acho que foi sempre a cidade mais parecida com o Porto, houve sempre muita pro-atividade, aliás os primeiros filmes de skate nacionais vieram de lá. Sempre houve uma cultura muito forte e unida. Setúbal e Algarve também já houve mais movimento.
Isto são apenas algumas das comunidades que eu conheço e tenho vindo a acompanhar.
Relativamente à industria, sinto que quando comecei havia mais distribuidores e mais dinheiro, porque se vendia mais e por isso mesmo podiam existir mais apoios. A crise também não ajuda, há menos empresa a patrocionar. No entanto e apesar de tudo isto acho que já existe mais preocupação por parte das marcas em apoiar skaters um pouco por todo o país, se calhar existem mais em Lisboa porque também há mais gente a andar de skate por aí. Mas também é verdade que não é só dar uns bs lips e uns tré flips para achar que merecemos um patrocínio.
Em relação a criar conteúdo, como vídeo partes e entrevistas, neste momento sinto que os skaters de Lisboa estão com mais vontade de produzir. No resto do país vejo bons skaters mas ouço muitas desculpas que não têm condições, nos dias de hoje, com os telemóveis que filmam em HD, filmar umas manobras, editar um vídeo de 2 a 3 min e apresentar é relativamente fácil. Mesmo falar com um fotografo e dizer “vamos tirar umas fotos e tentar fazer uma entrevista” é hoje mais fácil do que era.
Quando fiz a minha primeira vídeo parte foi entre amigos, não veio ninguém de propósito para me filmar. E isto é um bocado mostrar portfólio, se as marcas vêm que tu és empenhado e estás disposto a fazer coisas elas vão acabar por notar que existes. Muito mais importante que isto tudo, é divertires-te a andar de skate e se queres alguma coisa esforça-te depois logo se vê se aparece algum apoio.

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Agora uma temática interessante, os Jogos Olímpicos, o que pensas tu deste tema, e que vai começar a dar muito que falar.

O tema que tanto é discutido. Não faço ideia de como vai ser apresentado o skate nos jogos olímpicos, isto é, que tipo de campeonato vão fazer, se vai ser preciso usar um equipamento…
Portanto ainda estamos um bocado na expectativa, mas se as pessoas que estão a organizar isso forem do meio acredito que será benéfico para a modalidade.
Os jogos olímpicos, como toda a gente sabe, é um dos eventos mais vistos no mundo se não for mesmo o mais visto. Portanto vai trazer muita visibilidade e credibilidade para aqueles que ainda vêm o skate como marginal. Os pais vão apoiar mais os filhos a andar de skate, as escolas poderão vir a ter o skate nas atividades extracurriculares ou até mesmo nas aulas de educação física. Mais gente a andar de skate, mais vendas e vamos acreditar que com isso haja mais investimento por parte das marcas, dando melhores condições aos seus skaters.
Agora, que vai perder alguma identidade, vai! Tudo o que se torna mais comercial acaba por perder um bocado a sua essência.
Percebo os mais velhos que começaram a andar de skate precisamente por ser uma modalidade mais marginal e por fugir de tudo o resto. Já eu quando comecei a andar de skate, não fazia ideia que andar de skate era marginal, e comecei simplesmente porque achava aquilo diferente dos desportos tradicionais, era muito mais radical e eu gostava de sentir essa adrenalina. Só mais tarde aprendi de onde o skate veio e toda a sua cultura. Os mais novos se calhar vão ver o skate como uma coisa banal, mas os mais velhos devem mostrar-lhes o real significado, devem-lhes mostrar que no skate não existem regras para nada, e que podes inventar qualquer tipo de manobra. A parte comercial só vem permitir que vivas realmente o sonho durante mais tempo.



Tu estás a dar aulas de skate, e a verdade é que este tema também ele já foi polémico. Afinal é assim tão mau haver escolas de skate?

Exatamente pelos mesmo motivos que há pessoas que não querem o skate nos jogos olímpicos, também não querem que existam escolas de skate.
A verdadeira essência do skate é contra escolas de skate, quando dizemos que skate é liberdade e depois tens um professor é um bocado contraditório.
Ao contrário das escolas normais onde és obrigado a ir à escola, na escola de skate só vai quem quer, por isso logo aí há uma grande diferença, se ele veio à procura da escola é porque quer ajuda para evoluir. A predisposição do aluno é completamente diferente e não existe aquela sensação de obrigação. O professor também em nenhum momento deve ter uma atitude autoritária, apenas deve indicar o melhor caminho, que muitas vezes é a repetição consecutiva da mesma manobra, mas tem de conseguir explicar e motivar o aluno a fazer isso para que consiga acertar a manobra e não desista.
Isto é um bocado como tudo, se as aulas são dadas por pessoas fora do meio é normal que as coisas não sejam bem feitas, como acontece nas escola de surf, onde os surfistas também dão supostas aulas de skate.
No meu caso tenho tido experiências espetaculares, conseguir pôr um aluno aos berros de felicidade porque conseguiu uma manobra nova, ou porque conseguiu perder o medo de dropar a rampa. É uma sensação espetacular! Poder acompanhar novos talentos e ajuda-los a ter melhor condições do que aquelas que eu tive, partilhar as mesmas coisas que senti quando tinha a idade deles e ajudar nas suas conquistas é do melhor que há.
Andar de skate não é fácil, e muitos miúdos por falta de conhecimento, por falta de amigos que gostem de andar de skate, ou mesmo porque os pais não deixam porque acham perigoso… acabam por não ter esta experiencia de vida tão boa. Portanto a escola, no fundo, só vem facilitar a que haja mais gente a andar de skate, e a divertir-se de uma forma mais simples, pois com a ajuda dos professores torna-se mais fácil ultrapassar certas barreiras.

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Já agora, falando de competições… como achas importante hoje em dia haver  competição.

A competição para mim sempre foi um extra do skate.
Haver eventos/ campeonatos é sempre bom pelo convívio, pelo espetáculo e pelo dinheiro extra que podes ganhar, ahah. São momentos divertidos e onde acabas por encontrar muitos amigos de outros locais, é motivador porque vens para casa com vontade de tentar manobras que viste alguém a dar. Mas em nenhum momento a competição faz parte da essência do skate, exatamente porque regras não fazem parte do skate.



Skaters ou atletas? Não achas que o pessoal delira muito quando se tenta tratar um skater desta forma?

Atletas vem de atletismo por isso logo aí não faz sentido. Mas as coisas realmente estão a mudar, existe muito mais preocupação com a alimentação, com a preparação física, com a concentração… e as pessoas que praticavam atletismo, ciclismo, futebol e assim sucessivamente foram percebendo que, para conseguir prolongar a carreira, ou até mesmo alcançar novos recordes, precisavam desses cuidados.
Nós somos humanos, não somos robots e com a quantidade de saltos e impactos que tens a andar de skate as nossas articulações e tendões, acabam por ficar destruídos se não tiveres músculos fortes e boa flexibilidade para os aguentar.
As pessoas são preconceituosas e tal como nos outros dois temas antes abordados, aqui acontece o mesmo. O que vejo são pessoas preocupadas com a sua qualidade de vida que têm como objetivo de estar na sua melhor condição física para facilitar a sua evolução no skate. 



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Neste momento podemos dizer que temos uma geração de ouro no skate nacional, e que estão a representar Portugal como nunca antes. A que achas que se deve isto?

Somos poucos, mas sempre tivemos bons skaters, como o Rómulo Pereira, o Ricardo Fonseca, o Heldér Lima, o Ruben Gamito, mais recente, o Thaynan Costa, o Jorge Simões e o Gustavo Ribeiro e muitos outros. Por isso não sei se concordo que isto seja uma geração de ouro. Tivemos resultados como nunca antes é verdade, mas como te disse a competição é um extra do skate.
Não sei ao certo ao que se deve, mas há muito fatores que ajudam na evolução destes skaters, como por exemplo bons skate parques, investimento por parte dos seus patrocinadores que lhes permite viajar e skatar em novos locais e com novas pessoas, os vídeos que saem todos os dias e que os motivam a tentar novas manobras… Mas principalmente as redes sociais aproximaram-nos globalmente. Onde antigamente era quase impensável chegar a um Eric Koston, Paul Rodriguez hoje em dia com uma boa manobra quase que falamos diretamente com eles. Isto traz muitas oportunidades, e neste momento o Jorge e o Gustavo estão a aproveitar essa visibilidade e a lutar por um lugar numa marca internacional. Espero mesmo que o consigam. 

E o futuro, já começas a ver talento por aí, tal como estes?

Para além das redes sociais, da escola de skate, também sou júri no campeonato nacional, por isso tenho acompanhado os skaters nacionais e sim acho que existem uns quantos com muito talento. Não vou dizer nomes para não ficarem já com o ego muito grande, ahah. É muito difícil dizer com certeza que um miúdo vai ser um grande skater. Esta industria/ meio ainda é muito pequenino e muitos pais cortam essas possibilidades por causa da escola, ou porque têm medo que eles se magoem entre outros, ou então os próprios miúdos ao passarem pela adolescência preferem sair a noite e namorar.
Existem potenciais grandes skaters, vamos ver o que o futuro lhes reserva.



Achas bem que se comece logo desde muito pequenos a dar a entender as estes “putos” que podem ser o futuro, não achas que podemos estar a precipitar demasiado as coisas?

Talvez dar essa pressão desde muito cedo possa fazer com que ele perca o prazer de andar de skate. Tem de haver um equilíbrio, na minha opinião, os miúdos devem acima de tudo divertir-se e não levar isto como uma obrigação, mas ao mesmo tempo, o nosso papel é conseguir explicar-lhes que sem esforço também não se chega a lado nenhum.

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E por cá, o que achas que está bem e o que está mal?


Primeiro acho que as pessoas precisam de ter mais noção do que é a industria e como é que as coisas funcionam, ou seja, perceber porque é que as marcas só dão x e não dão y. Perceber, que ao seres patrocinado, tens certas obrigações que não é só andar de skate. Se uma marca está a investir em ti, tens de dar o retorno, através de visibilidade com vídeo partes, entrevistas, posts regulares nas redes sociais, seres uma pessoa amigável e de fácil relacionamento. No fundo não sermos tão egoísta, e tentar ajudar a promover da melhor forma as marcas que te ajudam.
Do lado da indústria, vou falar sobre a Despomar que é a empresa que mais investe nos seus patrocinados e no skate nacional. A Despomar tem dado condições aos seus skaters como nunca antes visto em Portugal, tem apoiado outras organizações como a Surge na criação dos seus eventos, trouxe o team da Element internacional durante uma semana, fez um vídeo nacional, está a apoiar as skateshops, entre muitas outras coisas. Eu sei que a indústria é pequena e nem todas as empresas têm as mesmas possibilidades, mas deviam-se focar nestes exemplos e tentar fazer igual, pois tenho a certeza que assim a crise que estamos a passar acabaria mais rápido e conseguiríamos ter mais skaters portugueses nas marcas, a nível internacional, a viver o sonho de skater professional.


Bom está na altura de passar o tema para coisas mais pessoais… viagens que gostarias de fazer e porquê?

Tenho duas viagens que gostaria de fazer. Se este ano conseguir fazer uma já fico muito contente. Gostava de ir a China e a Los Angeles. China pela quantidade de spots que existe e onde podes skatar sem problema, e claro toda essa cultura oriental que deve ser um mundo a parte. Los Angeles pela simples razão que tudo começou lá, a indústria está lá, os skaters estão lá e poder beber um bocado de toda essa informação era muito fixe, e claro poder skatar alguns dos spots mais míticos de sempre.

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Tens alguns objectivos definidos para ti enquanto skater, ou levas as coisas com calma e cada dia é um dia.

Neste momento não tenho nenhum objetivo como skater, a não ser prolongar o máximo de tempo em cima do skate e me divertir 

Em tom de balanço, tiveste um ano em cheio certo? O que destacas destes últimos meses?

Por acaso tive mesmo um ano em cheio, apresentei uma vídeo parte no filme da Element Portugal que decorreu de muitas viagens e muito tempo em cima do skate, e uns leftovers que acabaram por ser quase outra parte. Tive uma entrevista na Surge e consegui uma capa que ainda não tinha tido. Agora vou ter mais uma entrevista na Onsk8. Aprendi muitas manobras, ultrapassei medos, conheci novas pessoas e novos spots, tudo isso contribuiu para me divertir muito e crescer como pessoa. Ainda tive a sorte de poder partilhar isso com os meus amigos, porque sem eles não fazia sentido.



Planos para o futuro.

Neste momento estou focado na escola de skate, tentar desenvolver este projeto o melhor possível. Fazer uma daquelas duas viagens que disse antes e claro tentar fazer mais uma vídeo parte e continuar a skatar aí com o pessoal.



Last words.

Muito obrigado a todos os meus patrocinadores, Element, New Balance, Kate skateshop, Whitetrash, Titties skatewax e Escola Eduardo Cirilo – Método de Rose
Obrigado a todos os meus amigos que me motivam e skatam comigo regularmente.
Obrigado à minha namorada Xana por estar sempre comigo e me ajudar em tudo.
Obrigado à minha família por tudo
E para terminar obrigado a ti por esta oportunidade.
Nunca se esqueçam divirtam-se a andar de skate
Abraços

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